Mauá

Teatro Municipal ficou lotado em dois períodos para aula do Instituto Federal

Curso faz parte da formação permanente dos profissionais da Educação da rede municipal

O início da semana foi marcado por aprendizado e reflexão para cerca de 1.300 Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs) e Auxiliares de Apoio à Educação Inclusiva (AAEIs) da rede municipal de Mauá. Visando a melhoria constante do atendimento e a atualização profissional, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), está promovendo o curso de extensão “Cidadania Inclusiva: Perspectivas, Éticas Sociais, de Gênero e Raciais". A formação tem carga horária de 40 horas, com encontros presenciais e atividades em Ensino a Distância (EAD). Com muita troca de experiências, diálogo e conteúdo pedagógico, o palestrante Wesley Nascimento, integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do IFSP, foi o responsável por ministrar o Módulo 1: Interseccionalidade, raça, gênero e acessibilidade, nesta segunda-feira (8). Em um Teatro Municipal completamente lotado em dois períodos, o especialista abordou o tema “Como pensar práticas antirracistas em sala de aula?”, destacando a importância da empatia e da reflexão crítica para combater o racismo na educação. “É necessário empatia no ambiente escolar, seja com pais, alunos ou funcionários. Essa é a condição fundamental para termos a sensibilidade de reconhecer um problema e atuar na formação humana. A transformação social só vai acontecer com diálogo, desejo e compromisso”, afirmou. Wesley ressaltou ainda que a escola não doutrina, mas promove questionamentos que ajudam a sociedade a evoluir. “Cabe a nós ressignificar atitudes. O diálogo e o conhecimento são fundamentais. Todos nós podemos e devemos ser agentes transformadores. Se eu conseguir fazer com que uma pessoa compreenda a minha mensagem e mude sua postura diante de atitudes racistas, já terei cumprido minha missão”, enfatizou. Após a palestra, os profissionais presentes puderam interagir, compartilhar experiências e relatar situações vividas dentro e fora do ambiente escolar. O secretário de Educação, Gilmar Silvério, celebrou a iniciativa e reforçou seu impacto. “Formar profissionais preparados para identificar e combater o racismo dentro da escola é essencial para construirmos uma educação verdadeiramente inclusiva. Quando capacitamos nossos educadores, damos um passo decisivo para garantir que cada criança tenha um ambiente de respeito, igualdade e oportunidades para aprender e crescer”, analisou. A formação atende à legislação municipal e é realizada sempre às segundas-feiras. O módulo 2, programado para outubro, abordará o tema “Cidadania, Ética e Valores na Sociedade. Já o Módulo 3, previsto para novembro, terá como tema os Direitos Humanos, Trabalho Infantil e Direitos da Criança e Adolescente.