Rio Grande da Serra

Infraestrutura da Avenida Francisco Morais Ramos obriga pedestres a andar pelo meio da rua

ETEC e APAE estão entre as instituições mais afetadas pela precariedade nas vias e ausência de iluminação

A precariedade da infraestrutura em Rio Grande da Serra tem gerado revolta entre moradores e frequentadores de instituições essenciais, como a Escola Técnica Estadual (ETEC) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Ambas estão localizadas em uma região afastada do centro da cidade, cercada por mata e com difícil acesso.A Avenida Francisco Morais Ramos, que leva até a ETEC e à APAE, encontra-se em estado crítico. Buracos, calçadas encobertas pelo mato e ausência de sinalização obrigam pedestres a andar pelo meio da rua, expondo-se ao risco de acidentes. A situação afeta especialmente os estudantes, que enfrentam obstáculos diários para chegar às instituições.O problema é ainda mais grave para quem depende do transporte público. Como a área é distante da rodoviária e do centro, muitos alunos enfrentam dificuldades com a escassez de linhas de ônibus. Além disso, há relatos de pais que evitam permitir que os filhos frequentem as aulas devido à insegurança do trajeto.A sensação de abandono é constante entre os moradores da região. A falta de iluminação pública e a localização em área de mata tornam o entorno das instituições ainda mais perigoso. “Demorou para limpar isso e, principalmente, colocar umas viaturas ali, pois é um lugar perigoso, com mata ao redor”, comentou um morador nas redes sociais.O descaso com a manutenção urbana também atinge outros bairros da cidade. No Recanto das Flores e na Vila Conde, por exemplo, a calçada que dá acesso à feira de sábado está em condições precárias. O mato alto e o concreto quebrado obrigam pedestres a caminhar pelo barro ou pela rua, ampliando os riscos de quedas e atropelamentos.Procurada pela Folha, a Prefeitura de Rio Grande da Serra informou que a limpeza na rua do entorno da ETEC e da APAE está programada para ocorrer no prazo de até 30 dias, considerando as condições climáticas. E quanto às calçadas nos bairros Recanto das Flores e Vila Conde, a administração esclareceu que a situação está sendo analisada pela equipe técnica da Secretaria de Serviços Urbanos. A pasta está desenvolvendo estudos para adoção de medidas efetivas que visem sanar os problemas identificados no trecho.