Santo André

São Bernardo do Campo

Gilvan Júnior, prefeito de Santo André, ao lado de Carlos Ferreira, presidente do Legislativo

Em Santo André, os feirantes terão que se virar para ir ao banheiro

Parece que a Câmara de Santo André, presidida por Carlos Ferreira (MDB), e o prefeito Gilvan Júnior (PSDB) não têm demonstrado tanta afinidade, ainda que a maior parte dos vereadores integre a base aliada do prefeito. Recentemente, o tucano vetou integralmente um projeto de lei de autoria do vereador Edilson Santos (PRD), e aprovado pelos seus colegas de Legislativo. A medida autorizava o Poder Executivo a instalar banheiro químico nas feiras livres da cidade, o que ajudaria demais os feirantes. Só que o prefeito disse ‘não’. No documento enviado à Câmara, Gilvan afirmou que a proposta era inconstitucional. “Tal imposição configura uma clara interferência de um Poder em outro, conduta que afronta a harmonia e a independência entre eles.” Também alegou que isso acarretaria custos extras para o Paço. Mas também não apresentou nenhuma alternativa. Fato é que os feirantes, pelo jeito, terão que continuar se virando para ir ao banheiro durante a jornada na feira.&nbsp;Janja em São BernardoFalando de São Bernardo, uma proposta do vereador Ananias Andrade (PT) certamente vai fazer muito barulho tanto nos corredores e plenário da Câmara, quanto na sociedade em geral. O parlamentar quer conceder o título de cidadã são-bernardense para a atual primeira-dama do País, Rosângela Lula da Silva, a Janja. Só que, na justificativa apresentada pelo vereador, não há qualquer informação que indique possíveis serviços prestados ao município, como demandaria a proposta. A única referência está no fim do documento: “seu compromisso alinha-se com os valores de inclusão e solidariedade prezados por São Bernardo do Campo”. E só.&nbsp;Ideologia chega à camisa da SeleçãoA possível chance de a camisa da Seleção Brasileira causou alvoroço na direita de São Bernardo. O vereador Luiz Watanabe (PRTB) fez um post ironizando a cor que, segundo foi divulgado extraoficialmente, seria vermelho. Segundo ele, isso tem conotação política. “Essa escolha não é neutra: é uma afronta ao orgulho nacional”. Já a vereadora Nina Braga (PL) também criticou. “Agora só falta a foice e o martelo”, disse. &nbsp;Mas, ao que parece, os dois esbravejaram antes da hora. O estatuto da CBF diz que não é possível mudar as cores da camisa, a não ser em edições comemorativas, com aval da diretoria. Certamente o que eles não querem é perder aquela frase tradicional dos discursos conversadores, que diz que “a bandeira jamais será vermelha”.