Mauá

Ribeirão Pires

Rio Grande da Serra

A proposta prevê novas ambulâncias, bases descentralizadas e o custeio do serviço pela União

Atualmente, Mauá concentra os atendimentos e pede apoio federal para reduzir sobrecarga e tempo de resposta

Em busca de reduzir a sobrecarga no atendimento de urgência e agilizar o socorro à população, os prefeitos de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra estiveram em Brasília na última terça-feira (19) para cobrar do Ministério da Saúde a ampliação da rede do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) no Grande ABC. A proposta prevê novas ambulâncias, bases descentralizadas e o custeio do serviço pela União. Hoje, Mauá concentra sozinha quase todos os atendimentos do Samu na região, respondendo inclusive por 20% das ocorrências de moradores das cidades vizinhas. A central de regulação também está instalada no município, o que gera sobrecarga e impacta diretamente no tempo de resposta às ocorrências. Para mudar esse cenário, o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), articulou a mobilização junto aos colegas Guto Volpi (PL), de Ribeirão Pires, e Akira Auriani (PSB), de Rio Grande da Serra. O trio apresentou ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), um plano que inclui uma nova e mais moderna sede da regulação em Mauá, além da criação de bases operacionais em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.Segundo Oliveira, a descentralização vai garantir mais agilidade e salvar vidas. “Nosso objetivo é melhorar o tempo de resposta e ampliar a cobertura. Queremos que o financiamento seja federal, para que mais cidades possam contar com o serviço de forma estruturada”, afirmou.O ministro Alexandre Padilha sinalizou apoio à reivindicação. Ele destacou que a ampliação do Samu na região é estratégica para garantir qualidade no atendimento. “É fundamental que Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra também contem com bases próprias. Isso vai ajudar não apenas esses municípios, mas também Mauá, que ficará menos sobrecarregada”, disse.Atualmente, o Samu de Mauá mantém cerca de 200 profissionais em regime de plantão contínuo. A instalação de uma unidade em Ribeirão Pires, segundo a prefeitura local, reduziria significativamente o tempo de chegada das equipes, beneficiando também Rio Grande da Serra, cidade que apresenta particularidades geográficas e de acesso que dificultam os deslocamentos.Com a proposta, os prefeitos querem que o Ministério da Saúde assuma a manutenção da estrutura, já que hoje o custeio recai sobre os municípios, o que trava a expansão da rede. A expectativa é que a descentralização melhore a resolutividade do serviço em todo o Grande ABC, garantindo mais eficiência e maior cobertura populacional.