Mauá

Santo André

São Bernardo do Campo

Mais dinheiro para abastecer os veículos da Câmara de São Bernardo

Uma das funções dos vereadores é, além de apresentar projetos de lei, fiscalizar os gastos do Poder Executivo. Mas fica uma grande dúvida: quem fiscaliza os gastos do Poder Legislativo? O mais recente caso de desconexão da realidade da sociedade brasileira parte da Cãmara de São Bernardo. O presidente da Casa, Danilo Lima (Podemos), primo do prefeito Marcelo Lima (Podemos), assinou resolução em que garante uma boa cota combustível para os colegas parlamentares. Até então, cada vereador tinha direito a R$ 850 por mês para abastecer seus carros. Agora, mudou a contabilização. A partir de agora, cada um vai poder 295 litros de etanol em seus carros oficiais. Como o valor médio do combustível é de R$ 4,32, isso significa que essa conta vai passar de R$ 1.270.Levando em conta somente os carros à disposição para os 28 vereadores, o custo mensal ultrapassa R$ 35 mil. Em momento em que a cidade enfrenta problemas com recursos públicos, esse aumento de gasto com combustível é um tapa na cara do eleitor de São Bernardo.Sem barulho em Santo AndréO presidente da Câmara de Santo André, Carlos Ferreira (MDB), não quer saber de barulho nas dependências do Legislativo municipal. Na última segunda-feira, dia 5 de maio, o político publicou ato da Presidência em que proíbe, terminantemente, o ingresso e uso de equipamentos como apitos, cornetas, megafones, tambores ou caixas de som portáteis. Isso vale, como deixa bem o documento, para todas as dependências da Câmara. Para entrar com qualquer equipamento que faça barulho, a partir de agora só com autorização de Ferreira. Levando-se em conta de que a Câmara é, em tese, a casa do povo, e um espaço para manifestações democráticas, fica difícil de entender.Tucano na bronca com a EnelO vereador de Mauá Leonardo Alves (PSDB) está muito irritado com a postura da concessionária Enel que, segundo eles, vem desrespeitando há um bom tempo os moradores do Grande ABC. “Não é possível que todos os ofícios que a gente produz nesta Casa haja demora nas respostas.” A revolta está com a explicação de um executivo da companhia, que disse que as respostas eram feitas rapidamente. “É no mínimo absurdo ouvir isso. Os moradores de Mauá estão cansados de tanto descaso”, disse. Realmente, quem fica sem luz durante vários dias após alguma forte na região, sabe a realidade de ficar à luz e velas. E sem qualquer resposta.