Rio Grande da Serra

Rogério tem 17 anos e foi selecionado pelo Provão Paulista

Rogério Aparecido de Melo Júnior, de 17 anos, atribuiu seu sucesso à dedicação na escola e estágio no Tribunal de Justiça

“Ele sempre foi um excelente aluno, não é à toa que, se dependesse dos professores, todos os meses levaria o certificado de aluno destaque”. Esses elogios, feitos pela coordenadora pedagógica da E.E. Cassiano Ricardo, Graziele Meireles dos Passos, resumem parte da trajetória do estudante Rogério Aparecido de Melo Júnior, aprovado em Direito na Universidade de São Paulo (USP) por meio do Provão Paulista.Morador do Parque Indaiá, bairro localizado em Rio Grande da Serra, o adolescente de 17 anos contou que sua primeira opção era o curso de Tecnologia da Informação na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP) e que não esperava que o seu resultado na prova abriria portas para a USP. “Foi assustador! Não era uma notícia que eu pensei em receber na minha vida. Então, eu estava bem confuso, assustado e feliz, no fundo”, comentou.Mesmo jovem, Rogério já lidou com grandes responsabilidades ao estagiar no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Ele trabalhava em um setor responsável pelo andamento dos processos, o que despertou seu interesse pela área do Direito.Segundo o aluno, ele não tinha uma rotina de estudos em casa nem fazia cursinho, mas sempre se dedicava em sala de aula, realizando todas as tarefas e prestando atenção aos conteúdos ensinados."Os professores daqui [E.E. Cassiano Ricardo] sempre foram maravilhosos. Eles ensinavam muito bem, tiveram bastante paciência. Desde o primário até o final do Ensino Médio, estudei aqui, e sempre tive professores muito bons, que explicavam bem a matéria. Então, a minha aprovação, eu dou os créditos à escola", disse Rogério.A coordenadora dos anos finais, Carla Ribeiro de Paiva Marques, afirmou que o jovem tem um futuro promissor; no entanto, enfrentará um ambiente completamente diferente da escola."Ele passará por um período de adaptação, pois começará a entender como os professores lidam com um estudante universitário, que já não é mais um aluno da educação básica, mas, passado esse tempo, acredito que ele irá deslanchar", finalizou a pedagoga.