Diadema

Mauá

Ribeirão Pires

Rio Grande da Serra

Santo André

São Bernardo do Campo

São Caetano do Sul

Apenas municípios com notas A ou B estão aptos a contratar empréstimos

Apenas Mauá e Rio Grande da Serra têm nota B+ e podem acessar financiamentos com juros mais baixos

Das sete cidades que compõem o Grande ABC, cinco estão com avaliação fiscal reprovada pela Capacidade de Pagamento (Capag), indicador da Secretaria do Tesouro Nacional que mede o equilíbrio das contas públicas. Com nota C, os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema e Ribeirão Pires estão impedidos de acessar empréstimos com o aval da União — exigência fundamental para obter financiamentos com juros reduzidos e prazos mais vantajosos.Mauá e Rio Grande da Serra são as únicas cidades com nota B+, o que permite acesso a empréstimos com aval da União. Isso facilita a captação de recursos para obras e amplia as chances de atrair investimentos e firmar parcerias públicas.Riscos para as cidades que não cumprem com as metas fiscaisSegundo o Tesouro Nacional, apenas municípios com notas A ou B estão aptos a contratar empréstimos com a garantia da União. Já as cidades avaliadas com nota C — como é o caso da maior parte do Grande ABC — não atendem aos requisitos básicos de responsabilidade fiscal, como o controle dos gastos públicos, os limites de endividamento e o equilíbrio das contas.Na prática, essa limitação se reverte em perda de competitividade, dificuldade para acessar linhas de crédito vantajosas e obstáculos para tirar do papel iniciativas estruturais. Intervenções fundamentais em setores como transporte urbano, saneamento e saúde pública podem sofrer interrupções ou até ser inviabilizadas, devido à escassez de recursos.Além disso, a falta de uma boa classificação fiscal afeta a imagem dos municípios, afastando investidores e dificultando a formalização de parcerias com os governos estadual e federal. Em momentos de instabilidade ou urgência financeira, essas cidades enfrentam menos flexibilidade para reagir, o que reflete diretamente na oferta de serviços à população.Com Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema e Ribeirão Pires excluídas do acesso a crédito com aval federal, ações de impacto regional — como ampliação da malha viária, revitalização urbana, construção de moradias populares e expansão do sistema de esgoto — podem ser comprometidas. Esse contexto prejudica e afeta novos investimentos e oportunidades de trabalho para a região.