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Categoria avaliou como insuficiente o reajuste de 5,32%, correspondente ao INPC

Assembleia em dois turnos rejeitou reajuste de 5,32% proposto pelos patrões; nova deliberação será em 4 de junho

A mobilização dos trabalhadores do setor rodoviário voltou a ganhar força nesta terça-feira (27), após duas assembleias realizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Grande ABC (SINTETRA) rejeitarem por unanimidade a proposta apresentada pelos patrões para a Convenção Coletiva de Trabalho 2025/2026.As assembleias aconteceram em dois turnos — às 9h e às 16h — e contaram com ampla participação da categoria, que avaliou como insuficiente o reajuste de 5,32%, correspondente ao INPC acumulado entre maio de 2024 e abril de 2025. O índice proposto refletiria, por exemplo, um acréscimo de R$ 225,39 no salário do motorista de ônibus convencional, atualmente fixado em R$ 4.236,68.Além do reajuste salarial, o vale-alimentação teria o mesmo percentual de aumento, subindo de R$ 856,10 para R$ 901,64 — o que gerou forte insatisfação entre os profissionais. Também foi alvo de críticas a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que seguiria o mesmo percentual de reajuste, dividido em duas parcelas.Categoria se diz desrespeitadaEm nota oficial, o SINTETRA classificou a proposta como "esmola" e destacou que a categoria exige respeito e valorização. Queremos respeito, valorização e um reajuste que, de fato, recupere nosso poder de compra e reconheça nossa importância para a sociedade ", destacou o sindicato.&nbsp;Segundo &nbsp;a entidade, a insatisfação é generalizada diante das jornadas extenuantes enfrentadas pelos profissionais, do aumento do custo de vida e da pressão crescente no trânsito das cidades. “A proposta foi avaliada com responsabilidade e rejeitada porque não atende à expectativa dos trabalhadores”, afirmou o presidente do sindicato, Leandro Mendes da Silva.&nbsp;Uma nova assembleia, desta vez decisiva, já está marcada para quarta-feira (4), às 16h, na sede do SINTETRA. Caso não haja avanço nas negociações, a deflagração de uma greve da categoria não está descartada.&nbsp;Uma eventual paralisação dos rodoviários afetaria diretamente o transporte coletivo de todas as sete cidades do Grande ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), impactando milhares de usuários que dependem diariamente dos ônibus urbanos.&nbsp;O SINTETRA reforça que segue aberto ao diálogo, mas alerta que a mobilização vai continuar até que uma proposta justa seja apresentada.