Ribeirão Pires

Claudemir foi encontrado morto no quarto da própria casa; filho afirma ter agido para proteger a mãe

Familiares de Claudemir Lemos acreditam que ele foi morto enquanto dormia e não durante briga familiar

A família de Claudemir Lemos, morto durante uma briga familiar no último dia 14, em Ribeirão Pires, não acredita na versão de legítima defesa apresentada por João Victor Moreira Lemos - em que alega ter agido com a intenção de proteger a própria mãe das agressões cometidas pelo pai. O filho do casal se apresentou espontaneamente à Polícia Civil e afirmou que, durante a briga, o homem teria caído e batido a cabeça no chão, momento em que o enforcou.Em entrevista ao programa Cidade Alerta, da TV Record, o pai de Claudemir contestou o depoimento prestado João Victor ao ressaltar que o neto não conseguiria matá-lo sozinho, ainda mais com um golpe mata-leão, e afirmou acreditar que a versão é, na verdade, uma armação entre mãe e filho.Em depoimento, a esposa de Claudemir afirmou que iniciou uma discussão com o marido após ambos terem ingerido bebida alcoólica. Ela contou que foi agredida com socos no rosto e no nariz, além de chutes, quando o jovem interveio na briga.Após pedir para a mãe e a namorada saírem da residência, o rapaz permaneceu no local e enfrentou o pai no quarto do casal. Na manhã seguinte, ela retornou para casa e acionou as equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Emergência), mas a vítima já não apresentava sinais vitais e teve óbito confirmado. Outro ponto questionado é quanto ao socorro prestado a Claudemir, já que em nenhum momento João Victor chamou pelos familiares que residem no mesmo quintal. "Por que ele não chamou? Eu e a avó dele aqui do lado. Ele fez isso? Ele não fez, simplesmente caiu fora ", pontuou o pai da vítima que também não acredita que o neto tenha ligado para o Samu.A cena do possível crime também chamou atenção da família, já que Claudemir encontrava-se de regata e cueca, além de uma grande quantidade de sangue no rosto."O Claudemir tinha 120 kg, agora dizer que agarrou o Clau? Você pode ver que o João não tem uma marca de violência. Nós vemos uma cena do meu irmão estirado no chão, de cueca, camisa regata, muito sangue no chão. Você vê um quarto com muito sangue na cama, na janela, no chão, no guarda-roupa. O rosto todo desfigurado. É como se tivessem pegado ele dormindo mesmo", acresentou o irmão.O caso continua sendo investigado, e a Polícia Civil aguarda os laudos periciais para concluir inquérito policial.