Ribeirão Pires

Jogadores foram revelados pelo futsal do RPFC aos 5 anos

Dupla conquistou título nacional jogando pelo São Paulo e Corinthians

Berço de grandes craques do esporte, como no caso de Willian que iniciou no futsal e despontou no campo colecionando passagens pelo Corinthians, Chelsea, Arsenal e atualmente no Fullham, na Inglaterra, o RPFC também foi o ponto de partida na trajetória de Gustavo Santos. Aos 5 anos de idade, o morador da Vila Suíssa ingressou nas aulas de futebol de salão e demonstrou grande potencial - logo percebido por Marcelo Luís de Souza, o Marcelão. “Ele sempre foi destaque. Sempre foi um dos melhores jogadores”, destacou. Foi no clube ribeirão-pirense que o atleta teve a oportunidade de ser federado na modalidade, permanecendo até os 13 anos. A partir daí, Gustavo colecionou passagens pelo União Mauá, Mercedes-Benz, Juventus e Magunus. Após uma pausa de cinco anos, o atleta voltou a jogar profissionalmente no São Paulo - onde conquistou seu primeiro título. O jogador relembra que, mesmo durante a pausa, esteve envolvido com o esporte de alguma forma. Na várzea regional, chegou a disputar alguns campeonatos, massempre recebeu incentivos de pessoas próximas para retornar às quadras de futsal. Marcelão foi uma dessas figuras que, sempre que possível puxou a orelha do jovem para que ele retomasse a carreira que tinha tudo para ser promissora. “Esses puxões de orelha do Marcelo deram um gás a mais”, pontuou o jogador. “Ele sempre foi muito rígido com nós e creio que isso ajudou muito no meu modo de pensar.” O jovem revelou que a oportunidade de atuar pelo São Paulo partiu do amigo Lucas Freitas, que também foi aluno no Ribeirão Pires e que hoje atua profissionalmente no Azerbaijão, que junto ao empresário arrumaram a oportunidade de Gustavo fazer alguns treinos no clube paulista. “Acabei indo bem e a ficando lá. Esse foi o meu retorno ao futsal.” A personalidade de Gustavo e Marcelão já rendeu episódios que hoje arrancam boas risadas da dupla - como no dia que o treinador impediu o jogador de disputar a final do sub-20 pelo RPFC. O motivo foi ausência de Gustavo no treino que antecedeu o confronto mais importante para a equipe. “Sábado de manhã, a gente saindo para o jogo. O Gustavo encostado, e eu falei: ‘ei, você não vai!’ Deixamos ele, fomos embora e voltamos com título”, contou o treinador entre risos.Entre idas e vindas, Gustavo agarrou a segunda oportunidade que vida lhe deu nas quadras. A força de vontade, determinação aliada a boa atuação na última competição o permitiu continuar no São Paulo, agora de olho no futuro que tem tudo para ser ainda mais vitorioso.“Tenho só gratidão pelo clube ”5 anos - essa também foi a idade que Davi teve seu primeiro contato com as quadras, mas antes disso o pequeno já demostrava que sua carreira estaria relacionada ao esporte. Um desses sinais estava na coleção de bolas que Davizinho tinha em seu quintal, no Jardim Alvorada. Apesar da pouca idade, o atleta já demonstrava sua habilidade no RPFC - onde foi eleito revelação e destaque do campeonato interno do clube. Em um dos torneios defendendo o clube da cidade, em meados de 2014, que David recebeu o con- vite para integrar a categoria de base de seu clube do coração - o Corinthians. A primeira passagem durou dois anos e abriu portas para outras oportunidades na modalidade - com títulos e conquistas individuais que confirmavam ainda mais o talento do atleta. Depois de passar por clubes como Santo André BLD, onde foi campeão metropolitano em 2019, em 2021, Davizinho retornou ao Ribeirão Pires onde terminou como vice-campeão com um gol na final. Marcelão também foi uma peça fundamental na carreira do jogador, com conselhos e puxões de orelhas que o permi- tiram retornar ao Corinthians em 2022 e chegar a marca de cinco títulos - três Paulistas, um Metropolitano e uma Taça Brasil. “Não foi eu, não foi a parte técnica, não foi nada disso. Ele sempre foi habilidoso. Foi a mudança de postura que levou para o Corinthians de novo”, afirmou o treinador. Foram dos pés do ala direita ribeirãopirense que nasceram dois dos três gols que renderam o título a equipe sub-16 do Parque São Jorge no Campeonato Metropolitano em junho do ano passado. Em novembro do mesmo ano, Davizinho foi campeão estadual sub-16. A grande final foi decidida em dois jogos.No primeiro jogo, a equipe do Parque São Jorge saiu vitoriosa com um gol de Davi. Já no segundo encontro, a vantagem sobre a equipe da baixada foi ampliada com a vitória por 3 a 1. Mesmo diante dos treinos e campeonatos pelo Timão, quando possível, Davi se faz presente na rotina do Ribeirão Pires - tanto que não é raro encontrálo na sede do clube, seja para treinar, conversar com os amigos ou relembrar os velhos tempos. “Aqui não muda. É um sentimento inexplicável quando venho aqui, vem as lembranças na mente e a gente se emociona”, expressou. “Eu me formei aqui, só tenho a agradecer a todos os que já foram meus professores aqui.” “Eu conheço o Davi desde o 5 anos. Ele vinha aqui brincar, treinar. Ele vivenciou muita coisa aqui no clube”, contou Marcelão. “Ele é um menino que conquistou muita coisa através do futsal dele”, finalizou o professor.