Ribeirão Pires

Caso aconteceu neste sábado (16) no Hospital e Maternidade São Lucas

Gestante de 40 semanas procurava atendimento médico na maternidade desde a última quinta-feira (14); médicos afirmaram que ela não estava em trabalho de parto

O Hospital e Maternidade São Lucas, em Ribeirão Pires, é novamente acusado de negligência médica, resultando na morte de um recém-nascido neste sábado (16). Uma gestante de 40 semanas perdeu o segundo filho após a equipe médica se recusar a fazer a cesariana, alegando que a mulher não estaria em trabalho de parto.Segundo a denúncia recebida pela Folha, a mãe teria procurado atendimento médico pelo primeira vez na quinta-feira (14) com dores, perda de líquido e sangramento. Na ocasião, ela foi informada que o parto não poderia ser realizado já que estava com apenas dois dedos de dilatação, em uma tentativa de induzir ao parto normal.Na sexta-feira (15), a moradora do Jardim Iramaia retornou à maternidade e, novamente, não conseguiu atendimento. Ela procurou atendimento no Hospital da Mulher, em Santo André, onde foi medicada e constatada alteração na cardiotocografia - exame que avalia a vitalidade fetal.Por ser moradora de Ribeirão Pires, a gestante foi encaminhada novamente ao São Lucas, onde o parto deveria ser realizado, mas o médico teria dito para aguardar a dor do parto."Ela não tinha dilatação, tinha que ter feito uma cesárea, não fizeram ultrassom. Quando foi hoje, o sangramento aumentou e, na hora que ela deu entrada aqui, o bebê estava sem vida", contou a cunhada.O caso está sendo registrado na Delegacia de Ribeirão Pires. Em breve, novas informações.Vale ressaltar que, desde agosto de 2019, a Lei nº 17.137 garante à parturiente a possibilidade de optar pela cesariana, a partir de 39 semanas de gestação, bem como a analgesia, mesmo quando escolhido o parto normal no Estado de São Paulo.De acordo com o artigo 1º, o desejo da parturiente deve ser respeitado em sua autonomia.