Diadema

Mauá

Ribeirão Pires

Rio Grande da Serra

Santo André

São Bernardo do Campo

São Caetano do Sul

Ao todo, 141 ônibus foram atingidos no ABC e na Capital nos últimos dias

Coletivos são apedrejados durante circulação; passageiros temem por segurança; empresa NEXT Mobilidade é a mais atacada

A rotina dos usuários do transporte público no Grande ABC e na capital paulista tem sido marcada pelo medo. Uma série de ataques a ônibus vem sendo registrada nas últimas semanas, aumentando a sensação de insegurança entre motoristas, cobradores e passageiros.Na última quinta-feira (19), um novo episódio de vandalismo foi registrado em Diadema, quando um trólebus foi atacado na região da Piraporinha. O que mais preocupa é que, logo após esse caso, outros dois ônibus também foram alvos na cidade. Dias antes, no sábado (14), dois outros incidentes ocorreram: o primeiro em Mauá, por volta das 22h, e o segundo em Santo André, cerca de uma hora depois. Felizmente, não houve feridos em nenhuma das ocorrências.As ações criminosas atingiram veículos de pelo menos quatro operadoras que atuam na região: BR7 Mobilidade, NEXT Mobilidade, Suzantur e Viação Guaianazes. Segundo dados da SPTrans (São Paulo Transportes), ao todo, 141 ônibus já foram alvo de vandalismo – 78 veículos na capital e 63 no Grande ABC. O número é considerado preocupante pelas autoridades de mobilidade urbana.Levantamento do Diário do Transporte mostra que a empresa mais afetada tem sido a NEXT Mobilidade, responsável por operar no corredor ABD de ônibus e trólebus, um dos principais eixos viários que conecta municípios do ABC à capital paulista. Dos 63 veículos danificados na região, 42 são de responsabilidade da operadora, o que evidencia uma possível ação coordenada nas linhas mais movimentadas.Os ataques têm ocorrido majoritariamente nas principais vias da região metropolitana, com episódios confirmados em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Até o momento, apenas Rio Grande da Serra não registrou ocorrências desse tipo.De acordo com relatos, os criminosos atacam os veículos em plena circulação, arremessando pedras que quebram os vidros das janelas laterais e traseiras. Além do prejuízo material, essas ações representam um sério risco aos passageiros, já que não há tempo para reação ou proteção no momento do ataque.Por enquanto, as autoridades ainda não identificaram a motivação por trás dos crimes. A Polícia investiga se há alguma articulação entre as ocorrências, ou se estas se configuram como atos isolados com objetivos distintos.A Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), por meio da SPTrans, divulgou em nota que repudia os atos de vandalismo e destacou que os prejuízos vão além da estrutura física dos veículos, afetando diretamente a população que depende do transporte coletivo. "Lamentamos profundamente os episódios ocorridos neste fim de semana. Atos como esses prejudicam a mobilidade de milhares de pessoas e colocam vidas em risco", afirmou o órgão.Já a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que reforçou o policiamento nas regiões afetadas. A SSP ainda incentivou a população a colaborar com as investigações e denunciar qualquer ação suspeita pelo telefone 190 ou por meio dos canais oficiais da Polícia Militar.