Mauá

Ribeirão Pires

Menino chegou a ser entubado devido a piora no quadro clínico, mas evoluiu a óbito na manhã desta segunda-feira (09)

Paciente chegou a ser atendido na UPA São João, em Mauá, em duas ocasiões no domingo (08)

Um menino de 10 anos morreu na UPA Santa Luzia, em Ribeirão Pires, na manhã desta segunda-feira (09). A principal suspeita é de que o quadro apresentado pelo garoto seja de meningococcemia – uma infecção grave e rara causada pelo mesmo agente da meningite. Antes de ser encaminhado ao pronto-socorro da Estância, o garoto chegou a ser atendido em duas ocasiões, ainda no último domingo (08), na UPA São João, em Mauá. Na primeira consulta, o paciente foi liberado por não haver alterações nos exames clínicos. Já da segunda vez, foi medicado e receitado dipirona e dramin em razão dos vômitos constantes. Por volta das 4h, a mãe notou que o garoto estava com as mãos roxas e o levou até a UPA Santa Luzia, ainda com sinais vitais. O menino chegou a ser entubado, devido uma piora do quadro clínico, mas evoluiu a óbito por volta das 7h desta segunda-feira. Segundo informações, a declaração entregue à Polícia Civil de Ribeirão Pires colocava “meningococcemia” como causa provável da morte. As autoridades aguardam os laudos dos exames necroscópico e toxicológico completo para concluir o caso, registrado como morte suspeita na delegacia. A Folha questionou tanto a Prefeitura de Mauá quanto a de Ribeirão Pires, que não se manifestaram até a publicação desta matéria. Meningococcemia x Meningite Por mais que os nomes sejam semelhantes e sejam causados pela mesma bactéria, a Neisseria meningitidis, há diferenças entre os dois tipos de infecções. Enquanto a meningite causa inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central, a meningococcemia causa infecção na corrente sanguínea e tem letalidade elevada, com óbito podendo ocorrer dentro das primeiras 48 horas de manifestação dos sintomas. É importante frisar que nem todo caso de meningoccemia é acompanhado por quadros de meningite, mas podem ocorrer de forma simultânea no paciente. Os principais sintomas são fadiga, mãos e pés frios, calafrios, dores severas ou dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen (barriga), respiração rápida, diarreia e manchas vermelhas pelo corpo. A doença é contagiosa, podendo ser transmitida através de secreções respiratórias ou pela ingestão de alimentos contaminados.