Ribeirão Pires

 A família cobra providências urgentes por parte da Prefeitura

Moradora publicou vídeo nas redes sociais relatando dificuldade no tratamento da irmã com mielodisplasia; convênio teria pressionado a família após repercussão

A repercussão de um vídeo publicado no último sábado (26) por uma moradora de Ribeirão Pires, denunciando o abandono da irmã em tratamento contra mielodisplasia, levou o convênio médico a procurar a família pedindo a remoção da paciente para o Hospital Santa Clara — unidade que, segundo a denúncia, não possui os recursos necessários para o atendimento. A resposta do convênio foi exposta em uma nova gravação publicada nesta quarta-feira (30)."A minha irmã estava morrendo lá, e eles não tavam fazendo nada. Hoje, eles tão aqui enchendo o nosso saco, com nenhum pingo de sensibilidade, causando aqui dentro do Cristhovão da Gama querendo uma recusa da gente para eles não arcar com tudo que eles tão fazendo", relatou, visivelmente abalada.O primeiro vídeo, publicado dois dias antes, traz um apelo emocionado da mulher diante da situação enfrentada pela irmã, Luzeni — servidora pública da Estância e diagnosticada com mielodisplasia, um grupo de doenças da medula óssea que afeta a produção de células sanguíneas, desde 2020. Segundo a denúncia, a Prefeitura tem realizado trocas anuais de plano de saúde, o que compromete o acesso ao tratamento adequado."O quadro dela cada vez mais agravando, cada vez piorando, e eu pedindo socorro para todos os lados. Eles fecharam totalmente as portas", desabafou.Ela também rebateu a informação da Prefeitura de que o Hospital Santa Clara, conveniado, conta com um hematologista — profissional essencial no caso da irmã."Fiquei com ela internada lá cinco dias, nada apareceu. Deram alta do mesmo jeito."Sem alternativa, a família buscou atendimento no Hospital Santa Ana, mas a unidade também não possuía a estrutura necessária. Luzeni ficou na área de isolamento, mas seu estado de saúde exigia cuidados mais complexos. A família então recorreu à rede particular.Como última tentativa, Luzeni foi transferida ao Hospital e Maternidade Christóvão da Gama, em Santo André, instituição particular. A irmã relata os altos custos do tratamento."Uma vaga de UTI é R$ 8 mil a diária, com remoção, com a consulta... Por três dias, já pagamos R$ 30 mil. O que eu peço é que meus amigos, amigos do meu irmão: compartilha esse vídeo, compartilhem! Que o prefeito Guto Volpi venha a fazer a parte dele, venha nos auxiliar! Nós estamos desesperado, gente! Por favor! Não é um vídeo de um sensacionalismo não, é desespero de uma família!" — finalizou chorando.Segundo a moradora, os entraves no atendimento vêm sendo enfrentados desde 1º de janeiro deste ano. A família cobra providências urgentes por parte da Prefeitura.