Ribeirão Pires

Rio Grande da Serra

Ribeirão Pires fez dez mudanças, enquanto RGS fez sete

Ao todo, foram 17 trocas nas duas cidades; Prefeito Guto Volpi reestrutura equipe; Akira Auriani ainda busca estabilidade

As prefeituras de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra vêm protagonizando as maiores reformulações administrativas do Grande ABC em 2025. Juntas, as duas cidades acumulam 17 trocas no primeiro escalão municipal, reflexo de reestruturações políticas, dificuldades operacionais e mudanças estratégicas nas gestões locais.Em Ribeirão Pires, o prefeito Guto Volpi (PL) lidera o ranking de alterações com dez mudanças nas secretarias municipais desde o início do ano. Sete delas foram nomeações planejadas durante o primeiro semestre. No entanto, outras três substituições foram motivadas por situações imprevistas — entre elas, a saída do ex-secretário de Segurança Urbana, Sandro Torres Amante, após vir à tona uma condenação judicial por furto, emitida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.Volpi nomeou o agente da GCM Arlei Capoccio para substituir Sandro Amante, afastado após condenação judicial. Na Comunicação, a instabilidade continua: Fernanda Bertoncini assumiu após a saída de Vanderson Teixeira, mas deixou o cargo rapidamente por interferências internas. A secretaria segue sem chefe nomeado.Enquanto isso, Rio Grande da Serra enfrenta obstáculos ainda maiores para consolidar sua estrutura administrativa. O prefeito Akira Auriani (PSB) promoveu sete alterações no primeiro escalão, porém sem conseguir estabilidade nas equipes. As mudanças se espalham por áreas estratégicas como Segurança Urbana, Esporte, Saúde, Obras, Planejamento, Trânsito e Desenvolvimento Econômico.A instabilidade é mais evidente na Secretaria de Finanças, que já teve três titulares diferentes em 2025. Após a saída de Roberto Bernardo, o economista José Cláudio Simões assumiu o cargo, mas ficou apenas três dias no posto, deixando a função ao receber uma proposta profissional. Atualmente, a Pasta é comandada por Ricardo Abílio.As trocas frequentes têm levantado questionamentos sobre a solidez das gestões em ambas as cidades. Enquanto Ribeirão Pires tenta equilibrar as mudanças com a consolidação de uma equipe mais alinhada ao perfil de Volpi, Rio Grande da Serra ainda busca superar as dificuldades para estruturar uma administração estável e funcional.