Brasil

Bonecas reborn conquistam fãs pelo Brasil e dividem opiniões entre afeto, terapia e exagero

Padre Chrystian Shankar ironiza pedidos inusitados envolvendo bonecas hiper-realistas

A febre das bonecas reborn — réplicas hiper-realistas de bebês, com direito a detalhes como veias aparentes, peso semelhante ao de um recém-nascido e até cheiro de talco — está longe de ser apenas uma moda passageira. O fenômeno, que atrai admiradores em todo o país, inclusive celebridades, tem despertado tanto encantamento quanto controvérsia. E, recentemente, foi o centro de um episódio inusitado protagonizado pelo influencer e sacerdote Padre Chrystian Shankar.Na última sexta-feira (16), o padre, que soma mais de 3,6 milhões de seguidores no Instagram, publicou uma "nota de esclarecimento" satírica, respondendo a supostos pedidos para realizar sacramentos religiosos em bonecas reborn. “Não estou realizando batizados para bonecas reborn ‘recém-nascidas’ (...). Nem oração de libertação para bebê possuído por um espírito reborn. E, por fim, nem missa de 7º dia para reborn que arriou a bateria”, escreveu, arrancando risadas e curtidas dos seguidores.A postagem de Padre Chrystian termina com um recado direto, mantendo o tom leve, mas sem perder o foco: “Essas situações devem ser encaminhadas ao psicólogo, psiquiatra ou, em último caso, ao fabricante da boneca. Sem mais!”A crítica do padre, apesar do tom leve, joga luz sobre um fenômeno crescente nas redes sociais e fora delas: a relação emocional intensa que algumas pessoas estabelecem com bonecos reborn. Enquanto especialistas apontam que os reborns podem auxiliar em processos terapêuticos e no luto, o exagero de certos comportamentos também levanta alertas.