São Bernardo do Campo

Marcelo foi afastado do cargo por um ano e obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica

Marcelo Lima foi vice-prefeito entre 2017 e 2023 na gestão do prefeito Orlando Morando

Investigação da Polícia Federal identificou a sigla “OM” na contabilidade do esquema de corrupção liderado pelo prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (Podemos). No último dia 14 de agosto, o político foi afastado do cargo por um ano, foi obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica e impedido de deixar a cidade, além de ser proibido de falar com os outros envolvidos no escândalo.Marcelo Lima foi vice-prefeito entre 2017 e 2023 na gestão do prefeito Orlando Morando (sem partido), atualmente secretário de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo. Entre os documentos apreendidos pelos agentes durante a Operação Estafeta, há uma folha com as iniciais OM e com várias datas e valores na sequência.No documento apreendido, há o número 350, que seria R$ 350 mil, ao lado da data 15/06. Também há R$300 mil, em 29/06; R$ 100 mil, em 14/07/; R$ 300 mil, em 15/07; R$ 350 mil, em 30/07; R$ 500 mil, em 15/08; R$ 500 mil, em 15/08; R$ 500 mil, em 30/08; e R$ 500 mil, em 19/09. Somados, os valores chegam a R$ 2,9 milhões. No segundo turno da eleição municipal no ano passado, Orlando Morando e sua mulher, a deputada estadual Carla Morando (PSDB) declararam apoio aberto a Marcelo Lima, com participações em vários eventos de campanha e com vídeos solicitando voto ao aliado histórico. Na tarde de segunda-feira, 18 de agosto, o Ministério Público ofereceu denúncia à Justiça contra Marcelo Lima e mais nove acusados, incluindo o presidente da Câmara, Danilo Lima (Podemos), tio de Marcelo e também envolvido no esquema de corrupção.